quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Felicidade na Análise do Comportamento.




Já havia criado o blog há algum tempo, mas tinha tanta coisa na minha cabeça, que não sabia nem por onde começar, até perceber que o que importa É COMEÇAR! rs

O texto a seguir é referente a uma palestra que assisti dia 09/05, que me chamou atenção não só sobre o assunto em si mas pela reflexão que traz. Lembrando que alguns podem concordar com a visão do texto outros não, mas gostaria de compartilhar com vocês do mesmo jeito! Então vamos lá!



Desde a Grécia antiga, filósofos consideraram a felicidade como bem maior e a principal motivação para a ação humana. A Psicologia Positiva surge para cobrir estudos utilizando as mais diversas nomeações: felicidade, satisfação, estado de espírito e afeto positivo. De forma ampla, pode-se dizer que o tema foca como as pessoas avaliam suas vidas.


Na Análise do Comportamento a felicidade é uma experiência subjetiva de bem-estar, tendo como característica uma reação com o ambiente interno e externo do indivíduo. É subjetiva pois tudo aquilo que acontece no ambiente, só a própria pessoa tem acesso e vivencia, portanto o conceito de felicidade diz respeito à particularidade de cada um. A cognição proporcionou ao ser humano a capacidade de analisar, comparar e aprender em determinadas situações, assim a felicidade é um fenômeno de uma história evolutiva.


O ser humano produz dois tipos de comportamentos: Querer x Ter vontade. O comportamento do "Querer" está relacionado com o sentimento e a satisfação real do indivíduo, já o de "Ter vontade" está associado a um prazer imediato, emoção, uma resposta mais visceral e por tais aspectos tem duração de curto prazo. Na vida o ser humano sempre está em conflito entre esses dois comportamentos: fazer o que se tem vontade no agora, ou abdicar da vontade pois esta poderia prejudicar nosso verdadeiro querer?!

Um exemplo desse conflito é no caso de um estudante. O verdadeiro querer dele é ir bem na prova, mas para isso, ele precisa estudar. Sua vontade no momento é sair, dormir, assistir TV. Suponhamos que no caso, ele tenha optado por fazer o que se tem vontade, sacia-se o prazer imediato, só que no dia da prova ele vai mal, e automaticamente sente frustração e insatisfação. Lembramos aqui, que não é a ação de fazer o que tem vontade que causou a frustração, e sim a circunstância e conseqüência que tal ação gerou.


Nessa situação, entram em cena os valores. Não os morais, mas os valores de vida e sobre si mesmo. É na insatisfação do querer que é desenvolvido os sentimentos de culpa, baixa auto-estima e em alguns casos podendo chegar até a depressão. A sociedade muitas vezes utiliza dessa busca eterna para vender a felicidade, dando a falsa idéia de que é possível ter prazer constante, evitando assim a dor. O que causa a psicopatologia é a tentativa de se livrar da tristeza, pois quanto mais se evita a mesma, mais predorminante ela fica, e mais frustração causa exatamente por não conseguir livrar-se dela.


Concluindo, a felicidade eterna não existe. Na vida temos momentos de alegria e momentos que temos que nos deparar e vivenciar situações que não gostaríamos, até porque somos seres sociáveis e para viver é preciso saber se adaptar. A felicidade consiste em viver a vida do jeito que você quer a partir de seus valores. Se você só faz o que tem vontade, você é escravo da vontade. Só é realmente livre aquele que consegue ter autonomia sobre seus comportamentos.


Referências:



Palestra: Contribuições recente da Psicologia Positiva e da Análise do Comportamento para o estudo da felicidade.


GIACOMONI, Claudia Hoftheinz. Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida. Disponível em http://www.sbponline.org.br/revista2/vol12n1/art04_t.pdf Acesso: 16 mai 2011.

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